Não me olhes assim...
Podes descobrir o que tento ocultar.
Mal sabes dos espinhos que me ferem...
Tenho marcas que escondo.
Sou toda arisca...
Tens que saber chegar.
Cuidado onde pisas...
Pode ferir-se...
Minha estrada é feita de cercas que
Construí.
Farpadas.
Palavras são poucas...
Sou toda atitude.
Não se comova...
Sou dura feito aço.
Terás que ser bom alquimista...
Dizimar mágoas...
Descobrir minhas essências.
Provocar mistura que exala confiança...
Não me olhes assim...
Meu medo é maior que teu desejo.
Podes sangrar...
E dar-te-ei as costas...
Irá meu nome gritar...
Meu horizonte será o mesmo.
Não me olhes assim...
Não com vontade de mim!...
Cida Luz
Bsb/DF
Respeite autoria.
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