16/05/2008

Intrusa do meu Eu...


Agoniza até último instante alma estúpida...

Face obscura

Que dilacera...

Que invade sem piedade!

Não é teu domínio este!

Vai-te de vez!

Algoz de meus ais...

Teu pouso pertence à outra casa!

Escolheste-me erroneamente!

Tua triste sina não cabe na minha!

Retira-te bruscamente antes que o dia

Perca luminosidade!

Alma doente!

Tanto pranto por quê?

Para quem?

Habitas-me...

Covardemente me tomas...

Em qual pecado despejo rendição em ti?

O mundo meu tem que ser luz!

Não morbidez cruel...

Confundes-me!

Tal qual dona de minhas vontades,

Torna-te risonha diante de amargor

Que me sucumbe...

Morre alma insana...

Deixe caminho florido despontar.

Se te dei esperança para ocupar-me,

Desavisada estava!

Isenta-me de continuar acomodada em ti...

Masoquista que sou...

Piedade...

Vai-te de mim!...


Cida Luz

Bsb/DF

Respeite autoria.

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