16/05/2008

Gosto tanto...


Gosto tanto quando você chega

como quem nada quer querendo tudo...

Gosto quando um sorriso ilumina seu rosto

ao me ver na espera...

Malícia incontida.

Gosto tanto quando me descubro em você,

Nos seus gestos, poemas, pensamentos e palavras...

Gosto tanto quando tece carinhos por meu corpo

com a suavidade do toque de quem está apaixonado...

Gosto tanto quando me obriga a decifrar seus

desejos que a timidez não permite revelar,

mas eu sinto... E gosto...

Gosto tanto quando me aperta em braços fortes,

como setivesse medo de me perder...

Gosto do hálito quente da sua boca quando

devagar procura a minha que se entrega

a doce sensação do seu beijo que entontece...

Entorpece...

Eu me rendo...

Gosto tanto...


Cida Luz

Bsb/DF

Preserve autoria.

Talvez...


Nada poderá reverter o que se tornaram mágoas.

O amor, antes infinito hoje se esvai

feito areia entre dedos...

Culpados?

Melhor não condenar atitudes impulsivas,

Venenos destilados no momento da ira...

Fomos inteiros enquanto houve liames de ternura...

Restam apenas fragmentos do que um

dia acreditamos ser real, intocável, sólido...

Talvez tenhamos que engolir o

orgulho e reconhecer o fracasso

sem querer rotular quem foi pior...

Erramos, e a dignidade prevalece sempre...

Talvez possamos olhar-nos de frente

Sem dor e sem rancor...

Esperança remota...

Somente com gosto de um talvez...


Cida Luz

Bsb/DF

Preserve autoria.

Intrusa do meu Eu...


Agoniza até último instante alma estúpida...

Face obscura

Que dilacera...

Que invade sem piedade!

Não é teu domínio este!

Vai-te de vez!

Algoz de meus ais...

Teu pouso pertence à outra casa!

Escolheste-me erroneamente!

Tua triste sina não cabe na minha!

Retira-te bruscamente antes que o dia

Perca luminosidade!

Alma doente!

Tanto pranto por quê?

Para quem?

Habitas-me...

Covardemente me tomas...

Em qual pecado despejo rendição em ti?

O mundo meu tem que ser luz!

Não morbidez cruel...

Confundes-me!

Tal qual dona de minhas vontades,

Torna-te risonha diante de amargor

Que me sucumbe...

Morre alma insana...

Deixe caminho florido despontar.

Se te dei esperança para ocupar-me,

Desavisada estava!

Isenta-me de continuar acomodada em ti...

Masoquista que sou...

Piedade...

Vai-te de mim!...


Cida Luz

Bsb/DF

Respeite autoria.

Inevitável...


Triste momento...

Quando mãos soltam-se

Na vontade de segurar o aperto...

Quando pranto sufoca palavras de súplicas

Estampadas no olhar.

Silêncio de dois corações dilacerados...

Quando se sabe que feito areia entre dedos,

Esvaem-se juras que pareciam eternas...

O grito calado que o mundo deveria ouvir.

Impotência diante do inevitável...

Almas separadas...

Destino de um amor

Que já foi prometido em outras vidas...


Cida Luz

Bsb/DF

Preserve autoria.

Bravo!


Danço a liberdade do coração...

Bailarina embriagada de paixão.

Lágrimas e risos...

Agonia aplaudida de pé por

Platéia de sentimentos feridos...

Brilhante ao representar

Perfídia incrustada na alma.

Soluços harmonizados

Com alegria mascarada...

Ascensão da dor...

Decadência do amor...

Inebriada no palco da desilusão.


Cida Luz

Bsb/DF

Respeite autoria.

Já não há flores...


Se houve desencontros esconde tua dor...

A minha já passou.

Foste leviano quando abordou meu coração

Sem intenção de fazê-lo feliz.

Feito jardineiro revolveu terras virgens...

Semeou...

Colheu flores viçosas que exalavam perfume

Em momentos nossos.

Não regaste depois...

Secaste teu jardim.

Tardia veio consciência a te condenar...

Tuas flores murcharam.

Já não há lugar fértil para teu novo plantio.

Desfez-se a beleza rara que não soubeste

Zelar...Minha dor passou...

Aprenda com a tua.

Leve apenas como lembrança às vezes

Que enfeitei tua cama com as pétalas

Arrancadas do meu corpo...


Cida Luz

Bsb/DF

Respeite autoria.

Olhe para o céu...


Diante da dor que te consome...

Diante da incerteza se me vê em teu mundo,

Olhe para o céu...

Em cada amanhecer verás nuvens formando-se

No horizonte...

São minhas angústias preparando-se para mais

Um dia sem ti...

Estou em teu caminhar...

No entardecer...

Quando sol se põe...

Prenuncio de solidão.

Sinta vento brando roçando tua face...

Sou eu levando meu carinho...

Na noite impiedosa onde tudo se torna intenso,

Também intensa é minha vontade de ti.

Se fores chorar, antes volta teu olhar para o céu...

Sou a estrela que reflete um bem querer sem limites...

A luz que brilha em teu olhar.

Uma verdade colada na tua...

Deixe-se em silêncio.

Ouvirás minha voz num murmúrio de amor...

Palavras doces em teu lamento.

Se tu morres na saudade de mim,

Aqui lágrimas perdem permissão...

Olhando o mesmo céu...


Cida Luz

BsB/DF

Respeite autoria.

Nada importa...


Que importa agora se desnudo meus sentimentos...

Tudo de mim está na tua vida.

Não há limites para o amor que te oferto.

Sem reservas me entrego...

Acolha-me em algum cantinho do seu...

Transforme em realidade o que em sonho recebo.

Teu abraço que amortece a razão...

Alegria em pertencer-te.

Amando-te com a alma submissa...

Tua vontade imperando...

Em outro mundo me perco.

O que importa se não há volta...

Estou apaixonada...


Cida Luz

Bsb/DF

Preserve autoria.

Nova Estação...


Reprimida nesse vazio de ti,

Tento encontrar motivos que

Alcancem minha lucidez.

Não existe beleza na florada do campo...

Só a via por teus olhos.

O perfume das rosas amarelas...

Somente quando as me ofertavas...

O remanso do pequeno rio não me envolve...

Era tu quem me levava a plenitude quando,

Em silêncio nos perdíamos na natureza...

Sincronia perfeita sob céu azul...

O sabor das frutas perdeu-se...

Era em tua boca que experimentava o mel

Silvestre que espalhava tua doçura por

Todo meu corpo...

Lambuzava-me de ti.

Não demores...

Chegues junto com nova estação.

Minhas vontades contigo ficaram.

Foste...

E levaste meu ar...

Não demores.

Necessito respirar.


Cida Luz

Bsb/DF

Respeite autoria.

Não me olhes...


Não me olhes assim...

Podes descobrir o que tento ocultar.

Mal sabes dos espinhos que me ferem...

Tenho marcas que escondo.

Sou toda arisca...

Tens que saber chegar.

Cuidado onde pisas...

Pode ferir-se...

Minha estrada é feita de cercas que

Construí.

Farpadas.

Palavras são poucas...

Sou toda atitude.

Não se comova...

Sou dura feito aço.

Terás que ser bom alquimista...

Dizimar mágoas...

Descobrir minhas essências.

Provocar mistura que exala confiança...

Não me olhes assim...

Meu medo é maior que teu desejo.

Podes sangrar...

E dar-te-ei as costas...

Irá meu nome gritar...

Meu horizonte será o mesmo.

Não me olhes assim...

Não com vontade de mim!...


Cida Luz

Bsb/DF

Respeite autoria.

Cumplicidade...


Gosto do som do teu riso...

Tua voz mansa acalma coração célere.

Todo meu ser vibra em festa na tua chegada...

Teu abraço inebria com jeito de saudade.

Faz-me vulnerável nos carinhos largados

Em meus cabelos...

De tudo, o melhor é estar no teu querer.

Se me desnudas com um olhar, rendo-me...

Se tua boca toma a minha, perco o rumo...

Delicias de um amor real, intenso.

Amor sem fronteiras dentro de nossos desejos.

Diz-se meu...

Quando me faço tua.

Cumplicidade de amantes...

Somos nós...

Sublime sintonia...

Sempre!...


Cida Luz

Bsb/DF

Respeite autoria.

Dá-me tua mão...


Dá-me tua mão.

Guia-me para perto de ti.

Acolha-me em abraço forte...

Deixe meu cansaço findar em teu colo.

Perdi-me em becos escuros da solidão...

Sabia de ti!

Existias na saudade sem nome...

Surgiste...

Luz, inspiração.

Determinou fim da tormenta.

Nada mais preciso...

Encontrei meu abrigo.

Amor...

Dá-me tua mão!...


Cida Luz

Bsb/DF

Respeite autoria.

Motivos para não me amar...


Meu coração é doente...

Dói-me todo por dentro,

Proibido amar...

perecerá a qualquer momento...

Meu coração é bandido,

sem apegos,

Rouba preciosos sentimentos,

usa,abusa e joga fora...

Meu coração é bicho do mundo...

Não tem pouso, vida cigana,

Ele não deixa rastros, apenas saudades!

Meu coração é manhoso...

Se tomar posse, tem que ser com tudo,

não deixar espaço.

Nada de dúvidas ou solidões...

Somente ele pode provocar abandonos...

Meu coração é pobre de amor...

Já foi ferido...

Conhece o caminho dos espinhos que

as rosas do teu querer

Oferecem!

Ele é todo ilusão.

Vá embora...

Melhor não me amar...


Cida Luz

Bsb/DF

Respeite autoria.

Vazio de nós dois...


Tudo por dentro é deserto...

Coração sem manifesto,sem eira.

Só tua presença completa,ilumina

feito raio de sol em tempo nublado.

Pulsa forte esse querer,desejo de ti.

Tuas mãos...

Meu corpo pede tuas carícias..teu abraço forte...

Sinto o vazio de nós dois...

Feito secura que tua umidade salva

eu te imploro...

Inunda meu ser com tua chuva de prazer,

Com tudo que tens para me oferecer...

E quando submissa,entregue a ti

Serei fonte fecunda jorrando nosso amor...

e o vazio de nós estará cheio,

repletode gozo e paz!...


(Cida Luz)

16/05/08

Bsb/DF

Respeite autoria.

A Voz do Amor...


Quando doce voz chegar ao teu coração

Escutai...

Ouvirás poemas melodiosos...

Suaves feitos

Carícia que aquece.

Quando sentir que todo teu ser clama por

Momento de paz esqueça os males que te rodeiam...

Terás lenitivo de que tanto necessitas.

Escutai a voz do amor...

Quando desalento roubar esperanças e diante

De ti erguer-se mundo frio e cinzento,

Escutai a voz do amor...

A alegria em gotas multicoloridas

Invadirá o que jazia sem vida...

Quando tudo parecer impossível e quiseres desistir

Silencie-se...

Deixe coração livre.

Escutai a voz...

Verás que teus temores mostrar-se-ão

Apenas poeira levada pelo vento...

Um novo caminho diante de ti se apresenta...

E compreenderás que o mais importante é

Aprender a ouvir a voz do amor...


(Cida Luz)

23/11/07

Bsb/DF

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Sombras...


Do que fomos, do que pensávamos ser nada mais...

Sombras...

Fui aquela que te amou...

Que na tua vida fez morada.

Tu aconteceste em mim...

Em vão...

Que fazer?Dúvida atormenta triste alma.

Olho-me...

Piedade do que vejo.

Caminho...

Não existe estrada.

Pranto confuso...

Vê o que fizeste?

Eu fui santa!

Eu fui profana!

E tu dono dos meus sentimentos...

Sujaste com ironia santuário que abrigava teu amor...

Sombras...

E o que posso esperar?

Antevejo minha desdita,

Solidão grita em meu silêncio...

E na casa da esperança tudo jaz sem vida...

Só encontro sombras...


(Cida Luz)

22/11/07

Bsb/DF

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Expectativa...


Teu percurso é rio estreito.

Sigo calada, apostando nos instintos...

Deixo a marca do amor no teu leito.

Recuas, esnoba a dor...

Insisto.Meu canto, reduto, seu rumo...

Disfarças e fascinante te vejo.

Teu silêncio alimenta minha vontade.

Prende-me quando não sabe a porta fechar.

Expulsa-me do teu jeito

E sempre aquela tênue luz que sai

Da porta entreaberta...

Tua esperança...

Uma lágrima, um grito Contido...

Curva teu corpo tocando minha

Essência que em ti ficou.

Espera-me em doce e agonizante

Expectativa...


Cida Luz

16/05/08

Bsb/DF

Respeite autoria.